O Iluminismo, também chamado de Século das Luzes, foi um movimento intelectual e filosófico que floresceu na Europa durante os séculos XVII e XVIII. Caracterizou-se pela valorização da razão, da ciência, da liberdade e do progresso, desafiando as estruturas tradicionais de poder, como a monarquia absolutista e a influência da Igreja. Contudo, para compreender plenamente o Iluminismo, é fundamental reconhecer que suas raízes não nasceram no vazio, mas se entrelaçam com uma longa tradição de pensamento que remonta à Antiguidade clássica, atravessa o medievo e se intensifica na modernidade, culminando na Revolução Francesa, que consagrou muitos de seus ideais.
As origens do Iluminismo podem ser rastreadas até a Grécia Antiga, onde pensadores como Sócrates, Platão e Aristóteles inauguraram uma abordagem racional para compreender o mundo. A busca pelo conhecimento, a valorização da argumentação lógica e a confiança na razão como caminho para a verdade formaram um alicerce que o Iluminismo herdaria séculos depois. No entanto, a queda do mundo clássico e a ascensão da Idade Média colocaram a razão em segundo plano, dando lugar a uma visão de mundo teocêntrica, pautada na autoridade da Igreja e na tradição.
Apesar disso, a Idade Média não foi um período de completa estagnação intelectual. As Escolas de filosofia escolástica, especialmente a obra de Tomás de Aquino, tentaram reconciliar fé e razão, mantendo aceso, ainda que de forma limitada, o ideal racional. O Renascimento, entre os séculos XIV e XVI, reacendeu o espírito crítico e humanista, recuperando os textos clássicos e promovendo avanços nas artes, nas ciências e na filosofia. Esse movimento foi fundamental para reabrir as portas do pensamento livre.
O século XVII marcou um ponto decisivo com a Revolução Científica, protagonizada por figuras como Galileu Galilei, Johannes Kepler, René Descartes e Isaac Newton. A confiança na observação, na experimentação e no método científico consolidou-se, minando progressivamente as explicações sobrenaturais e dogmáticas. Essa nova atitude perante o mundo criou o terreno fértil onde floresceria o Iluminismo.
No século XVIII, os pensadores iluministas, como Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Diderot e Kant, expandiram esse espírito crítico para as esferas política, social e moral. Defendiam a liberdade de expressão, o ensino laico, a separação dos poderes e os direitos civis. O Iluminismo, portanto, não era apenas um movimento teórico, mas uma força revolucionária. Sua culminação histórica ocorreu na Revolução Francesa de 1789, que, inspirada em seus ideais, derrubou o Antigo Regime e proclamou os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo representou uma ruptura decisiva com o obscurantismo, os privilégios de nascimento e o autoritarismo, propondo a razão como guia para a construção de sociedades mais justas, livres e racionais. Contudo, ele não surgiu de forma súbita; foi o resultado de um longo processo histórico que atravessa a filosofia antiga, os debates medievais, o humanismo renascentista e os avanços da ciência moderna. Sua herança permanece viva, moldando os ideais democráticos, os direitos humanos e o pensamento crítico até os dias atuais.
Iluminismo: O Abandono das Coisas do Alto, a Veneração das Coisas de Baixo.
O Iluminismo, surgido na Europa dos séculos XVII e XVIII, foi mais do que um movimento filosófico; representou uma transformação radical na forma como o ser humano se relaciona com o mundo, com o saber e consigo mesmo. Ao substituir a busca do transcendente pela confiança no imanente, os pensadores iluministas realizaram aquilo que pode ser entendido como o “abandono das coisas do alto” — os mistérios, os dogmas, o divino — e a “veneração das coisas de baixo” — a matéria, a experiência sensível, o mundo físico e a razão prática. Este deslocamento da verticalidade para a horizontalidade redefiniu a própria concepção de realidade, de verdade e de sentido.
Durante milênios, o pensamento ocidental esteve profundamente ancorado na metafísica, na teologia e na crença de que o sentido da vida e da existência residia em esferas superiores, transcendentais e divinas. O mundo sensível era visto, muitas vezes, como uma sombra imperfeita do verdadeiro ser, como ensinavam Platão e parte da tradição cristã. As “coisas do alto” — Deus, a eternidade, a ordem cósmica — orientavam a ética, a política, a ciência e a própria noção de destino humano.
O Iluminismo, no entanto, inverte esse eixo. A razão, a observação empírica e o progresso tornam-se os novos pilares da civilização. O mistério é substituído pela explicação; a fé, pelo cálculo; o sagrado, pela técnica. O universo deixa de ser um templo e se torna uma máquina — compreensível, manipulável e explorável.
Essa “veneração das coisas de baixo” manifesta-se na valorização da natureza enquanto objeto de estudo e domínio, na exaltação da liberdade individual, no surgimento das ciências sociais, na crítica à autoridade religiosa e na secularização dos saberes. O humano passa a ser a medida de todas as coisas: não mais Deus, mas o próprio homem define o bem, o justo e o verdadeiro.
Essa mudança, embora libertadora em muitos aspectos — como no avanço das liberdades civis, dos direitos humanos e do desenvolvimento científico —, também inaugura um novo paradigma de alienação. Ao reduzir o ser à matéria, ao número e à utilidade, o Iluminismo abre caminho para uma visão de mundo onde o sentido transcendente desaparece, sendo substituído pela lógica do consumo, do progresso indefinido e da exploração técnica da realidade.
O Iluminismo marca, assim, um ponto de inflexão na história da consciência ocidental: o abandono das coisas do alto — que antes ofereciam orientação, sentido e fundamento — e a veneração das coisas de baixo — que oferecem domínio, controle e liberdade prática. Se, por um lado, esse movimento libertou o homem dos grilhões da ignorância, do dogmatismo e da superstição, por outro, colocou-o diante do abismo de um mundo dessacralizado, onde o mistério cede lugar à funcionalidade e à técnica. Nesse espelho quebrado entre o céu e a terra, permanece a pergunta: o que se perde quando tudo se explica, mas nada mais se contempla?
Os Frutos do Iluminismo: Da Constituição e Revoluções à Degeneração do Ser Humano.
O Iluminismo, nascido como um clamor pela razão, pela liberdade e pela emancipação dos povos, produziu alguns dos mais notáveis frutos da modernidade. As constituições modernas, os direitos civis, a democracia representativa e as revoluções políticas foram filhas diretas de seus ideais. Contudo, sob essa mesma árvore do esclarecimento, germinaram também frutos amargos: a redução do ser humano a uma engrenagem econômica, a dessacralização da vida, o colapso dos referenciais metafísicos e, por consequência, um processo de degeneração do próprio humano. Este texto propõe refletir sobre esse paradoxo — como um projeto que visava a liberdade e o progresso acabou também semeando as bases da alienação, do niilismo e da crise existencial contemporânea.
O Iluminismo ofereceu ao mundo um novo alicerce político e social. Suas ideias nutriram a Revolução Americana, a Revolução Francesa e diversos movimentos que derrubaram o absolutismo e instauraram regimes baseados na soberania popular, na igualdade jurídica e na liberdade individual. As constituições modernas, codificadas sob o signo da razão, romperam com o direito divino dos reis e consagraram os direitos naturais dos homens — vida, liberdade e propriedade.
No entanto, ao deslocar o eixo da autoridade do transcendente para o imanente, da tradição para a razão instrumental, o Iluminismo também iniciou um processo de esvaziamento simbólico da existência. A obsessão pelo controle, pela previsibilidade e pela quantificação converteu a razão, que antes era meio, em fim absoluto. O homem passou a ser visto não mais como um ser que participa de uma ordem cósmica, mas como um agente autônomo inserido em um universo mecânico, desvinculado de qualquer sentido último.
Esse modelo de racionalidade, quando transposto para a esfera econômica e social, gerou a hipertrofia da técnica, o culto ao progresso indefinido e a lógica da produtividade. O indivíduo foi reduzido a consumidor, trabalhador e produtor, enquanto dimensões como o mistério, o sagrado, o silêncio e a contemplação foram sendo descartadas como inúteis ou irracionais. Assim, o mesmo Iluminismo que proclamou os direitos humanos também abriu as portas para a lógica da massificação, da burocratização e da alienação, tornando o ser humano estranho a si mesmo.
O século XX revelou de forma brutal os desdobramentos sombrios desse processo. Guerras tecnológicas, genocídios, totalitarismos e uma crise existencial sem precedentes tornaram evidente que a razão, descolada da ética e do sentido, é capaz de construir tanto pontes quanto campos de extermínio. O ideal de autonomia humana degenerou, muitas vezes, em solidão, niilismo e perda de significado.
Os frutos do Iluminismo são, portanto, ambíguos. Por um lado, legaram à humanidade conquistas inegáveis no campo dos direitos civis, da ciência e das liberdades políticas. Por outro, precipitaram uma lenta e silenciosa degeneração do humano, que hoje se manifesta na banalização da existência, na idolatria da técnica e na erosão dos vínculos espirituais e comunitários. A grande questão que se impõe é se a modernidade, ao libertar o homem do céu, não o aprisionou à terra — e se, ao conquistar o mundo, não perdeu a própria alma.
Memória e Esquecimento: A Árdua Tarefa de Acreditar; Existe a Possibilidade de Algo que Não Tenha Influência Iluminista?
Viver é, de certo modo, caminhar entre os destroços da memória e os vazios do esquecimento. A modernidade — moldada profundamente pelo Iluminismo — forjou uma consciência que, ao mesmo tempo em que carrega o peso da razão, carrega também o fardo do descrédito. A tarefa de acreditar tornou-se árdua, não mais pela ausência de objetos de fé, mas pela erosão dos próprios alicerces que outrora tornavam crível o invisível, o transcendente e o absoluto. Diante disso, surge uma questão inquietante: seria possível, em nosso tempo, conceber algo — uma prática, uma crença, uma visão de mundo — que não esteja contaminada, direta ou indiretamente, pela matriz iluminista?
O Iluminismo, ao redefinir os critérios de verdade, instaurou um império da razão que exige provas, verificações e clareza. A memória coletiva que antes guardava mitos, símbolos, tradições e mistérios foi sendo sistematicamente submetida ao crivo da crítica, da suspeita e da análise. Nesse processo, muito do que sustentava o tecido simbólico das civilizações foi sendo relegado ao campo do irracional, do supersticioso ou do inútil. A consequência é uma espécie de esquecimento programado: esquece-se não por acidente, mas porque aquilo que não se submete aos ditames da razão é considerado indigno de ser lembrado.
No entanto, o esquecimento não é absoluto. Vestígios de mundos anteriores ao Iluminismo ainda persistem — nas espiritualidades populares, nas cosmologias indígenas, nas tradições ancestrais, nas práticas que escapam ao olhar técnico e burocrático da modernidade. Porém, mesmo essas formas de saber, de sentir e de viver, quando se apresentam no palco contemporâneo, o fazem sob a pressão constante de serem traduzidas, justificadas ou reinterpretadas segundo categorias iluministas: são enquadradas como “patrimônio cultural”, “psicologia coletiva”, “fenômenos sociais” ou “expressões simbólicas”, sempre esvaziadas de sua potência ontológica original.
A própria tarefa de acreditar tornou-se um exercício de resistência. A crença, que antes era uma disposição natural do espírito perante o mistério, hoje se torna árdua justamente porque exige ir além dos filtros que a modernidade instalou. A pergunta que se impõe é se é possível recuperar uma relação com o mundo que não esteja mediada pela racionalização extrema, pela suspeita metodológica e pela redução do ser à função. A busca por algo que não tenha influência iluminista talvez seja, no fundo, uma busca por uma arqueologia do espírito — por camadas mais profundas da experiência humana que antecedem o paradigma da clareza, da eficiência e do controle.
Mas até essa busca — paradoxalmente — já se encontra atravessada pelo espírito crítico herdado do Iluminismo. Pois, ao perguntar se algo escapa à sua influência, pressupomos justamente a atitude reflexiva, autonalítica e investigativa que esse movimento consagrou. O Iluminismo, assim, não é apenas um período histórico; ele se tornou um dispositivo epistemológico que estrutura a própria possibilidade de perguntar, de questionar e de buscar.
Memória e esquecimento são, portanto, os fios entrelaçados que tecem o drama da modernidade. A árdua tarefa de acreditar não é apenas crer em algo, mas crer apesar de: apesar do excesso de luz que cega, do excesso de razão que esvazia, do excesso de controle que sufoca. Perguntar se existe algo que não tenha influência iluminista é, talvez, confrontar o próprio limite da condição moderna, onde até mesmo a nostalgia do sagrado, do mistério e do indizível carrega as marcas da racionalidade que pretendemos ultrapassar. Resta, então, a possibilidade de não suprimir essa tensão, mas habitá-la — fazendo da própria ferida aberta entre memória e esquecimento, razão e mistério, uma morada provisória para o espírito inquieto que, ainda assim, ousa acreditar.
O que é o Ser Humano: Por uma Ontologia do Sagrado Frente ao Iluminismo.
A pergunta “o que é o ser humano?” atravessa milênios de pensamento, mas na modernidade, especialmente após o advento do Iluminismo, ela sofre uma profunda metamorfose. Sob o império da razão, da técnica e do empirismo, o ser humano foi progressivamente reduzido a uma entidade biológica, psicológica e econômica, mensurável, categorizável e manipulável. No entanto, essa definição, embora funcional para os interesses modernos, dissolve uma dimensão que sustentou todas as grandes civilizações: o sagrado. Este texto busca propor uma ontologia do sagrado como resposta, ou resistência, à visão iluminista, que fragmentou, secularizou e empobreceu a compreensão do ser humano.
O Iluminismo redefiniu o ser humano segundo categorias imanentes: sujeito autônomo, racional, agente econômico e cidadão de direitos. Esse modelo operou uma ruptura com as antigas ontologias, nas quais o humano era visto como um ser em tensão entre o céu e a terra, entre o visível e o invisível, entre o tempo e a eternidade. Antes, o homem não era apenas uma entidade biológica no mundo, mas uma ponte — um mediador entre o cosmos e o mistério, entre o finito e o infinito.
A ontologia iluminista dissolveu essa verticalidade. Reduziu o humano à superfície da existência, desconectando-o de suas raízes ontológicas no sagrado. O ser humano passou a ser definido pelo que faz, pelo que possui, pelo que produz, não mais pelo que é em sua essência. A própria linguagem do ser foi substituída pela linguagem da função, da utilidade e da performance.
Por uma ontologia do sagrado, é preciso restaurar uma visão na qual o humano não se esgota no biológico, no psicológico ou no social, mas se funda no mistério do ser. O humano é, antes de tudo, um ser atravessado pelo invisível, pela alteridade absoluta que chamamos de sagrado. Isso não se refere meramente à adesão a crenças religiosas, mas a uma estrutura ontológica na qual existir é estar em relação com aquilo que transcende a própria existência.
Nesse sentido, o ser humano é um ser de abertura. Aberto ao mistério, ao absoluto, àquilo que não se deixa reduzir ao cálculo ou ao conceito. Sua dignidade não reside apenas em sua capacidade de pensar, de produzir ou de decidir, mas em sua capacidade de ser morada do indizível, de ser templo do sentido, de ser um lugar onde o eterno toca o efêmero.
Essa ontologia do sagrado não nega os avanços da razão, mas recusa seu monopólio sobre a realidade. Ela restitui ao humano a sua profundidade ontológica, sua vocação para a contemplação, para o silêncio, para o encantamento e para a escuta do que não pode ser dito, apenas vivido.
Resgatar a pergunta pelo ser humano à luz de uma ontologia do sagrado é um gesto de resistência contra a redução moderna do homem à superfície do mundo. É afirmar que existir não é apenas estar no mundo, mas estar em relação com o mistério que sustenta o mundo. Frente ao Iluminismo — que transformou o ser em objeto, o sagrado em superstição e a existência em utilidade —, essa ontologia reabre o espaço para o inefável, para o transcendente e para uma dignidade que não se mede, não se calcula e não se negocia. O ser humano, então, não é apenas um ente no cosmos, mas uma fenda por onde o ser se revela, uma clareira onde o sagrado faz morada.
Conclusão.
O Ser Humano Entre Luzes e Sombras: Uma Síntese Crítica do Iluminismo e a Reconstrução do Sagrado.
O advento do Iluminismo marcou um dos maiores deslocamentos na história do pensamento humano. Ao reivindicar a centralidade da razão, da clareza e da autonomia, o projeto iluminista prometeu emancipar o ser humano das trevas da ignorância, da superstição e da tirania. Seus frutos imediatos foram potentes: revoluções políticas, constituições, direitos civis, progresso científico e expansão das liberdades. Contudo, sob essa luz intensa, sombras profundas começaram a se formar.
O ser humano, que outrora era compreendido como um ente atravessado pelo sagrado, por uma tensão constante entre o visível e o invisível, foi progressivamente reconfigurado. De mediador entre céu e terra, tornou-se consumidor, trabalhador, agente produtivo e cidadão funcional. A razão, que deveria ser instrumento de elevação, converteu-se em técnica de controle, medida e domínio. A vida passou a ser compreendida quase exclusivamente a partir do que é útil, mensurável e funcional, enquanto a memória do mistério foi sendo lançada ao esquecimento.
Crer — ou melhor, acreditar verdadeiramente — tornou-se uma tarefa árdua. O próprio ato de buscar um sentido que transcenda a lógica do mundo visível tornou-se suspeito, visto como resquício de uma era pré-crítica. Mesmo os impulsos de retorno ao sagrado, ao mito, ao simbólico, são, paradoxalmente, atravessados pela própria estrutura iluminista que pretendem superar: são enquadrados, analisados, categorizados e, muitas vezes, esvaziados de sua força ontológica.
Diante disso, ergue-se uma questão inescapável: o que é, afinal, o ser humano? Frente à redução promovida pela modernidade, a resposta exige uma ontologia que restaure aquilo que foi diluído — a dimensão do sagrado. O ser humano não é apenas matéria consciente, nem apenas um feixe de desejos, nem uma máquina de produzir sentido. Ele é, antes de tudo, abertura. Uma clareira onde o ser se revela, um lugar onde o mistério toca o mundo.
Por uma ontologia do sagrado, é necessário reverter a operação iluminista que confinou o homem à imanência. Isso não significa recusar a razão, mas libertá-la do seu delírio de totalidade. Significa relembrar — contra o esquecimento programado da modernidade — que o humano é, essencialmente, uma ponte: nem anjo, nem besta, mas aquele que caminha entre o pó da terra e o sopro do infinito.
Assim, a grande tarefa do nosso tempo não é simplesmente preservar os frutos do Iluminismo, tampouco rejeitá-los, mas superá-los dialeticamente. É recuperar uma visão na qual existir é, antes de tudo, estar em relação com aquilo que ultrapassa o visível, o mensurável e o finito. Só assim será possível restaurar uma compreensão do ser humano que não seja um simulacro técnico, nem uma caricatura biológica, mas uma presença viva, habitada pelo sagrado.
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