sábado, 3 de maio de 2025

Há diversas formas de amar.

"Há diversas formas de amar:
Ama-se como o poeta que busca a perfeita melodia,
Ama-se como a amante, que anseia por corpo quente na noite fria.
Ama-se como quem não viu o tempo passar,
Ama-se como se ama — há diversas formas de amar".

Esse era um poema que fitava meus dedos em tempos passados.
Escrevi sobre o luar do sertão,
aquele mesmo que viu poetas chorarem e forças cederem.
Foi meu companheiro na sua constituição.

Hoje, décadas depois, o que dizer daquilo em que acreditei?
Existem diversas formas de amar? É claro que sim, eu sei.
O amor é compromisso —
e o que chamamos de “forma” é, na verdade, sua escala em magnitude.

Uma magnitude que transcende, e assim deve ser, senão não seria amor.
Pois ele, na forma que for, é aquele que anseia pelo objeto amado,
uma extensão que não é nada mais do que sua própria extensão.
Uma força que não é nada mais do que sua fortaleza e solidão.
São rimas, eu sei, obscuras às vezes,
mas quem, em algum momento, não escondeu algo por amor, senão por temor?
Assim somos: falhos, mas poetas.

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