Existe algo — uma espécie de cola — que liga todos os pensamentos, dando a eles um sentido que faça sentido. Uma espécie de decodificador daquilo que pensamos, que, como num processo de arranjo, une todos os nossos pensamentos, conferindo-lhes estrutura, unidade, de tal forma que possamos guardá-los e, depois, reutilizá-los.
O que seria isso? Uma espécie de "salvador da pátria"? Não importa. O que vale, por agora, é saber que o temos. Depois, pensemos no que ele é e para que veio. Constatemos primeiro.
E digo isso — "constatemos primeiro" — porque temos a velha mania de querer saber antes de conhecer. Queremos conhecer primeiro, saber de onde vem, para onde vai, qual sua constituição... Que coisa insólita! Aceitemos que sabemos; depois nos preocupamos em conhecer.
Em suma, que nos contentemos em ver a árvore crescer — sua beleza já vale pelo que ela é.
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