sexta-feira, 4 de julho de 2025

Nota de Sexta Feira.

Ao longo da História, certas ideias conferem à própria História um sentido. No entanto, esse movimento é constantemente reformulado por indivíduos que o manipulam conforme seus interesses. Isso decorre da limitação humana em compreender o que ultrapassa aquilo que já acredita dominar. A divisão de classes é fruto desse processo. Embora essa ideia tenha ganhado notoriedade com Karl Marx e hoje esteja, em certa medida, enfraquecida pelo uso estratégico da verdade por seus opositores, ela ainda exerce forte influência. Continua a convencer e mobilizar massas desavisadas, cuja única função parece ser gritar e destruir.

Nas últimas semanas, o Brasil tem sido alvo da velha tática marxista do “nós contra eles”. O partido que controla a máquina estatal, em sua ânsia por impor leis contrárias ao anseio popular, mobiliza suas massas sustentadas nessa narrativa, incentivando o levante de bandeiras cujo lema central é: “os ricos são os culpados”.

Alguns, ainda dotados de bom senso, condenam tal iniciativa — afinal, como já mencionei, esse discurso já não encanta aqueles que ainda conservam algum sopro de busca pela verdade. E a verdade, vale lembrar, não escolhe ideologias.

A História oferece exemplos claros de sociedades que, ao promoverem a divisão de classes como eixo estruturante, mergulharam na deterioração. A União Soviética, sob o pretexto de igualdade, instaurou um regime de perseguição, escassez e repressão. A China de Mao, com a Revolução Cultural, destruiu tradições, desestabilizou famílias e gerou um trauma coletivo. Mais recentemente, a Venezuela, ao insistir na retórica de luta de classes, viu-se afundada em miséria, êxodo e autoritarismo.

Em todos esses casos, a promessa de justiça social por meio da divisão terminou em ruína — não por acaso, pois onde a verdade é subordinada à ideologia, a realidade se vinga.

Portanto, não podemos, como sociedade, nos submeter à vontade psicótica de uns poucos que, não mais contando com o apoio genuíno das massas, passam a usurpar delas os menos afortunados, transformando-os em zumbis de uma ideologia corrosiva e escravizadora. É dever de quem ainda possui lucidez resistir a essa manipulação, em nome da verdade que liberta e da ordem que sustenta toda convivência civilizada.

J.A

 

Nenhum comentário: