sábado, 23 de agosto de 2025

A Cátedra como Templo da Nova Religião Revolucionária.


   

Artigo – A Cátedra como Templo da Nova Religião Revolucionária.

A universidade ocidental se tornou, no último século, mais parecida com um templo de iniciação esotérica do que com uma casa de estudos. Não se trata de exagero, mas de descrição precisa: o que ocorre hoje nas cátedras não é transmissão de conhecimento, mas o processo ritual de desconstrução espiritual do estudante, para que este, nu e vazio de referências, possa ser preenchido com a nova liturgia ideológica. O jovem chega com uma fé natural na realidade, no bom senso e nas tradições de sua família, mas sai de lá convertido numa espécie de sacerdote laico da revolução, pronto a sacrificar não só a própria inteligência, mas até mesmo a vida alheia, em nome de uma promessa que nunca se cumpre.

Robert Jay Lifton, em seu estudo sobre a reforma do pensamento na China maoísta, já mostrava que o mecanismo era essencialmente espiritual: não basta convencer racionalmente, é preciso quebrar a alma do indivíduo. O mesmo ocorre hoje no Ocidente, não pela força das armas, mas pelo monopólio do prestígio cultural. A lavagem espiritual não precisa mais de campos de reeducação; basta o prestígio de um professor universitário com ar de sábio e a repetição incessante de slogans travestidos de ciência.

Allan Bloom denunciou em 1987, em The Closing of the American Mind, que a mente americana havia sido fechada não por falta de informações, mas pelo excesso de relativismo. O estudante já não ousa afirmar que algo é verdadeiro ou falso; ele se refugia na covardia mental do “tudo é relativo”, posição que abre espaço para que qualquer ideologia, desde o aborto até a apologia do terrorismo, seja defendida como legítima. O relativismo é o ácido que dissolve a inteligência, e Bloom viu isso com clareza.

Thomas Sowell, em Inside American Education, completou o diagnóstico: a escola não forma, mas deforma. O que deveria ser lugar de treino intelectual virou um palco para experimentos sociais. Crianças são obrigadas a discutir “identidade de gênero” quando mal aprenderam a ler. Alunos são incentivados a “questionar o sistema” antes mesmo de entender como a soma funciona. O resultado não é espírito crítico, mas dependência emocional do grupo ideológico que lhes fornece as respostas prontas.

O ponto mais irônico é que tudo isso é vendido como libertação. O estudante acredita estar se libertando da opressão dos pais, da Igreja, da tradição, quando na verdade está se submetendo a uma nova ortodoxia ainda mais rígida. Lifton chamava isso de “confissão pública” — o momento em que o discípulo admite que toda sua vida anterior foi um erro e se entrega ao novo credo. Basta olhar para jovens que, ao ingressar na universidade, começam a acusar seus próprios pais de “fascistas” por não rezarem o catecismo progressista.

A obra Freefall of the American University mostra como esse processo está institucionalizado. Não é apenas uma tendência cultural, mas um projeto consciente: departamentos inteiros dedicam-se a demolir as bases do pensamento ocidental. A leitura de Shakespeare é substituída por panfletos feministas; a lógica aristotélica dá lugar a oficinas de “desconstrução”. O que se chama “ciência social” hoje é, em grande medida, propaganda ideológica com disfarce metodológico.

Matt Goodwin, em Bad Education, atualizou o diagnóstico para a Inglaterra, mostrando que a praga do “woke” transformou as universidades em fábricas de ressentimento. O jovem já não aprende a investigar a verdade, mas a detectar microagressões. O ideal não é formar cientistas ou filósofos, mas vigilantes morais prontos a denunciar qualquer desvio da ortodoxia. Essa mentalidade se estende ao campo político: o estudante treinado para ver opressores em todo lugar acaba justificando o terrorismo como “resposta legítima” e o aborto como “ato de resistência”.

A lavagem espiritual aqui se mostra em sua forma mais diabólica: aquilo que antes era condenado pela consciência natural — matar, destruir, humilhar — passa a ser exaltado como virtude. Marc Ferro, em The Use and Abuse of History, mostrou como a manipulação da narrativa histórica serve exatamente a esse fim. Ao recontar o passado em chave de luta de classes ou de opressão colonial, cria-se uma religião de vítimas e algozes. O jovem é convencido de que pertence ao exército dos injustiçados e que sua missão histórica é vingar os antepassados, ainda que isso custe a destruição do presente.

Se olharmos para o Brasil, a obra Escola “sem” Partido, organizada por Gaudêncio Frigotto, aparece como um documento revelador, ainda que contrário ao movimento que lhe deu nome. Ali se confessa, sem pudor, que a escola é instrumento político, que a neutralidade é impossível e que o professor tem sim a missão de orientar os jovens para a luta social. Ora, se o próprio opositor admite a instrumentalização da educação, de que adianta negar que a lavagem espiritual é real?

Judith Friedlander, em A Light in Dark Times, recorda a importância da liberdade acadêmica em tempos de perseguição. Mas o que vemos hoje é o inverso: a liberdade virou slogan para justificar censura. Universidades punem professores que ousam questionar o dogma de gênero ou que se recusam a adotar a linguagem neutra. É a inversão completa: em nome da liberdade, cala-se o pensamento.

Esse quadro não se restringe à América e à Europa. Na América Latina, vemos a mesma dinâmica, ainda mais grotesca. Crianças aprendem que Che Guevara foi um herói romântico, sem nunca ouvir falar de seus fuzilamentos sumários. Universitários marcham em defesa de terroristas palestinos, ignorando os massacres de civis. A espiritualidade natural que deveria nutrir a consciência — o amor à vida, a busca da verdade, a fidelidade ao próximo — é apagada, substituída por slogans de ódio e de destruição.

Mas é preciso entender o mecanismo em profundidade. A lavagem espiritual não age apenas no intelecto, mas no imaginário. A cultura pop, os seriados, as músicas, tudo colabora para criar um ambiente onde a revolução aparece como inevitável e até glamorosa. O estudante que recusa esse imaginário é tratado como excêntrico ou fanático. Bloom já havia notado isso: o problema não é só curricular, mas cultural. O jovem é moldado pela totalidade de seu ambiente, e a universidade apenas dá o verniz “científico” a esse processo.

Thomas Sowell denunciou o “currículo oculto”: mais importante que os conteúdos oficiais são as mensagens implícitas transmitidas no ambiente acadêmico. Quando um professor ridiculariza a religião diante da turma, não importa o que o livro de filosofia diga; o que fica é o prestígio da zombaria. Quando um palestrante exalta o aborto como conquista da liberdade, não importa se cita ou não estatísticas corretas; o que se imprime no jovem é a sensação de estar no lado certo da história.

Esse prestígio é decisivo. A lavagem espiritual se apoia não apenas na coerção intelectual, mas no desejo natural do jovem de ser aceito e aplaudido. Lifton já havia mostrado que a confissão pública era eficaz porque o indivíduo teme mais a rejeição do grupo do que a própria mentira. Hoje, um estudante que se declare contra o aborto corre o risco de linchamento simbólico. O custo da verdade é alto demais, e a maioria prefere a covardia confortável da adesão.

Esse processo não é acidental. Paglayan demonstrou que os sistemas escolares nasceram como instrumentos de construção do Estado moderno. Não havia inocência: a escola pública foi criada para moldar cidadãos obedientes, não para formar pensadores livres. O que hoje chamamos de doutrinação ideológica não é uma distorção, mas a realização plena do projeto original. O Estado sempre quis a mente das crianças; a diferença é que agora ele quer também a sua alma.

Diante disso, a palavra “lavagem espiritual” deixa de ser metáfora e passa a ser descrição. O que se pretende não é apenas mudar opiniões, mas substituir uma fé por outra. O estudante abandona a fé nos princípios da civilização ocidental e abraça a fé na revolução futura. Essa revolução é sempre um horizonte inalcançável, uma promessa escatológica. Nunca se realiza, mas mantém os fiéis em permanente mobilização.

O resultado é um exército de intelectuais e militantes incapazes de viver no presente. Tudo o que existe é provisório, corrupto, a ser destruído. A vida concreta — família, trabalho, pátria — não tem valor intrínseco, mas apenas instrumental, a ser sacrificado em nome da utopia. É por isso que se pode defender genocídios ou assassinatos sem remorso: são apenas degraus para a aurora futura.

E assim a universidade cumpre seu papel como sacerdócio invertido. Em vez de elevar o homem à contemplação da verdade, rebaixa-o à idolatria da revolução. Em vez de purificar a mente, contamina a alma. Em vez de cultivar a razão, fomenta o ressentimento. O templo do saber virou a catedral do niilismo.


A degradação se aprofunda quando notamos que muitos professores não são apenas propagadores inconscientes de uma mentalidade, mas militantes conscientes. O catedrático moderno, ao contrário do velho mestre que buscava transmitir uma tradição, vê-se como um engenheiro social. Ele não ensina, ele molda. Não importa se sua disciplina é matemática ou biologia: o objetivo é sempre inculcar no aluno a visão revolucionária. O conteúdo da matéria vira pretexto, meio para a liturgia ideológica.

Essa militância consciente fica clara quando observamos como certos temas são tratados com verdadeira veneração, como dogmas inquestionáveis. Experimente numa sala universitária afirmar que existe diferença natural entre homens e mulheres: o aluno será tratado como herege. A reação não será lógica, mas litúrgica: suspiros, indignação, acusações. A universidade moderna é um tribunal de fé, onde os dogmas progressistas são defendidos com a mesma ferocidade com que a Inquisição perseguia heresias.

O curioso é que a própria esquerda acusa o passado de ser religioso demais, mas copia todos os seus métodos. A confissão pública, a denúncia dos “desviantes”, a canonização dos mártires, a excomunhão dos divergentes — tudo isso está presente na vida universitária. Lifton, Bloom, Sowell: todos viram que não se trata apenas de ideias, mas de um processo espiritual de conversão. A lavagem espiritual substituiu os sacramentos da fé verdadeira por uma paródia grotesca.

Vejamos os exemplos concretos de hoje. Em universidades brasileiras, cartazes enfeitam corredores com slogans pró-aborto, como se fosse campanha de vacinação. Palestras convidam terroristas internacionais para falarem sobre “resistência”, enquanto professores ridicularizam padres e pastores que ousam defender a vida. A revolução futura já não precisa de guerrilheiros nas montanhas: ela recruta seus soldados nas bibliotecas digitais, transformando estudantes em inquisidores de redes sociais.

Em certos campi norte-americanos, grupos de estudantes exigem “safe spaces” onde não sejam confrontados por ideias divergentes. Na prática, isso significa a expulsão de qualquer voz conservadora. A ironia é cruel: a universidade, que deveria ser lugar de debate, se transforma num bunker emocional para jovens incapazes de ouvir opiniões contrárias. Essa infantilização intelectual é parte essencial da lavagem espiritual: o estudante é mantido num estado de adolescência permanente, emocionalmente dependente da aprovação do grupo.

Bloom já notava isso: o jovem que entra na universidade quer acima de tudo sentir-se parte de uma comunidade de iluminados. O conhecimento vira adereço, pretexto para o verdadeiro prêmio — a sensação de superioridade moral. É por isso que a defesa de pautas radicais se torna tão atraente: ela confere ao estudante um lugar de destaque no coro revolucionário, o direito de olhar para seus pais e avós como bárbaros ignorantes.

Esse ódio às gerações anteriores é talvez o sinal mais claro da lavagem espiritual. Ferro mostrou como a história é reescrita para servir a essa ruptura. Os avós são apresentados como racistas, os pais como opressores, a Igreja como assassina, o Ocidente como genocida. Ao destruir a confiança no passado, cria-se o terreno perfeito para aceitar qualquer revolução. Afinal, se tudo o que veio antes é podre, qualquer novidade, por mais absurda, parece uma salvação.

E é nesse ponto que os temas mais extremos entram em cena. O aborto, por exemplo, não é defendido como mal necessário, mas como virtude heroica. A propaganda atual chega ao cúmulo de associar o aborto ao empoderamento feminino, como se eliminar a própria descendência fosse ato de liberdade. O terrorismo, por sua vez, é justificado como resposta legítima de povos oprimidos, ainda que os alvos sejam civis inocentes. Até o genocídio pode ser relativizado, desde que os perpetradores sejam inimigos do Ocidente.

Essa inversão moral é possível porque a lavagem espiritual já operou no nível mais profundo: a destruição da consciência natural. Quando a mente já não confia mais no senso comum de que matar é errado, ela pode ser levada a acreditar em qualquer coisa. A educação contemporânea não é falha, é eficaz demais — eficaz na missão de desconstruir a ordem natural.

Paglayan lembrou que a escola nasceu para forjar cidadãos submissos ao Estado. Hoje, a submissão já não é ao Estado nacional, mas a uma ideologia globalista que atravessa fronteiras. O estudante não é treinado para amar sua pátria, mas para odiá-la. Não é ensinado a honrar a tradição, mas a cuspir sobre ela. O projeto é mais ambicioso que o dos Estados modernos: trata-se de formar uma consciência planetária uniforme, pronta para entregar-se a um governo universal.

Judith Friedlander recorda que em tempos de perseguição, a liberdade acadêmica foi bandeira de resistência. Mas no presente, esse ideal virou um disfarce cínico. A “liberdade acadêmica” é usada para proteger doutrinadores e silenciar opositores. Um professor progressista pode incitar ódio sem consequências; já um docente conservador é imediatamente denunciado, perseguido, até expulso. O duplo padrão é tão evidente que só a lavagem espiritual explica como ainda há quem acredite na neutralidade da universidade.

E o Brasil, sempre mais grotesco que o resto, reproduz essa dinâmica de forma caricata. A obra Escola “sem” Partido mostra como até a crítica ao doutrinamento virou alvo de demonização. Quem ousa pedir neutralidade é acusado de fascismo. A própria tentativa de preservar a liberdade dos pais sobre os filhos é retratada como ataque à democracia. Em suma, o revolucionário toma para si o monopólio da definição do que é liberdade e democracia.

Essa manipulação de conceitos é parte essencial da técnica. Lifton chamava isso de “carregamento da linguagem”: certas palavras são redefinidas para servir à ideologia. Hoje, “ciência” significa concordar com o consenso progressista; “liberdade” significa poder destruir tradições; “direitos humanos” significam privilégios seletivos. Quando a linguagem já não corresponde à realidade, o pensamento é prisioneiro do artifício.

O resultado visível é a geração que temos diante de nós: jovens incapazes de trabalhar, mas prontos para protestar. Incapazes de formar família, mas entusiasmados com revoluções abstratas. Incapazes de ler um clássico, mas especialistas em detectar “estruturas de opressão”. O que deveria ser a elite intelectual da nação tornou-se a vanguarda do niilismo.

E o niilismo, ao contrário do que parece, não é ausência de crença, mas crença fanática no nada. O estudante moldado por esse processo acredita religiosamente que não há verdade, e é por isso que defende com fúria qualquer mentira útil à revolução. A ausência de verdade não produz tolerância, mas histeria. Só quem acredita no nada pode justificar tudo.

É por isso que o fenômeno não pode ser descrito apenas como lavagem cerebral: é, sobretudo, lavagem espiritual. O intelecto pode resistir a um argumento falacioso, mas quando a alma é corrompida, a mente se curva. O jovem que já perdeu a fé na verdade não tem mais defesas. Ele se torna presa fácil de qualquer ideologia que lhe prometa sentido e pertencimento.

A grande ironia é que muitos pais ainda acreditam que enviar seus filhos à universidade é garantia de futuro. Mal percebem que estão entregando suas crianças a templos que já não servem ao saber, mas à revolução. O diploma pode garantir emprego, mas a lavagem garante submissão. O jovem sai doutor em ressentimento, mestre em slogans, especialista em ódio.

Enquanto isso, o mercado, a política e até a religião adaptam-se ao novo sacerdócio. Empresas patrocinam campanhas pró-aborto para parecerem modernas; políticos repetem o catecismo identitário para agradar a juventude doutrinada; igrejas cedem ao progressismo para não perder fiéis. A lavagem espiritual não fica restrita à cátedra: ela se espalha como contaminação cultural, dissolvendo cada esfera da vida social.

E quando alguém ousa resistir, a reação é violenta. O estudante que recusa participar de marchas progressistas é isolado. O professor que cita Aristóteles é acusado de patriarcalismo. O jornalista que critica o globalismo é tachado de extremista. A lavagem espiritual cria uma atmosfera de intimidação permanente, onde a covardia se disfarça de virtude e a coragem é punida como crime.

Esse quadro pode parecer desesperador, mas compreender o mecanismo é o primeiro passo para resistir. Lifton, Bloom, Sowell, Ferro, Paglayan, Goodwin — todos, cada um à sua maneira, ofereceram o mapa dessa engenharia espiritual. A batalha não é apenas de ideias, mas de almas. E só quem recuperar a fé na verdade poderá escapar dessa lavagem.

O problema é que a revolução sempre se projeta no futuro, e é aí que reside seu poder hipnótico. Enquanto o cristianismo promete a eternidade, a revolução promete o amanhã. O estudante sacrifica o presente em nome de um futuro que nunca chega. É a versão secular do milenarismo: uma fé invertida, sempre adiada, mas sempre exigindo mais sacrifícios.

E o sacrifício não é simbólico. Vemos jovens dispostos a morrer em protestos violentos, mulheres orgulhosas de abortar filhos, acadêmicos justificando massacres. A promessa futura justifica qualquer presente de horror. A lavagem espiritual é tão eficaz que transforma o instinto de sobrevivência em instrumento de autodestruição.

No fim, o que resta é uma civilização inteira submetida ao feitiço de suas próprias universidades. O Ocidente paga para ser destruído. Financia, com impostos, os templos onde seus filhos aprendem a odiar suas raízes. E ainda aplaude o diploma como se fosse medalha de honra, sem perceber que é certificado de iniciação na seita da revolução.

Eis, portanto, a realidade: as cátedras do Ocidente se converteram em púlpitos de uma nova religião, cujo deus é a revolução, cujo evangelho é o ressentimento, e cujo sacramento é a destruição. O que chamamos de educação superior é, na prática, uma missa negra intelectual, onde se consagra o nada em lugar do ser.

A pergunta que resta é se haverá quem resista. Haverá ainda professores que prefiram ensinar a verdade em vez de slogans? Haverá estudantes corajosos o bastante para enfrentar o ridículo e afirmar que matar inocentes é errado, sempre, sem relativizações? Haverá pais que percebam que o diploma não vale a alma dos filhos?

Se houver, então talvez reste esperança. Mas não nos enganemos: a batalha não é apenas cultural ou política. É espiritual, no sentido mais profundo. A lavagem que se pratica hoje não visa apenas ao intelecto, mas ao coração. E só um coração firme na verdade pode resistir à enxurrada de mentiras travestidas de ciência.

A universidade não precisa desaparecer; precisa ser exorcizada. O Ocidente não precisa de mais diplomas; precisa de mais mestres. Não precisa de mais slogans; precisa de mais verdade. Enquanto essa inversão não for compreendida, continuaremos financiando nossa própria ruína.

O que Lifton viu na China maoísta, o que Bloom denunciou nos EUA, o que Sowell mostrou nas escolas, o que Ferro desmascarou nos livros, o que Goodwin e Paglayan documentaram nas universidades britânicas e latino-americanas, tudo converge para um mesmo diagnóstico: a mente do Ocidente foi capturada. A cátedra virou púlpito da revolução.

E diante desse quadro, resta apenas uma escolha: ou resistimos e recuperamos a coragem de ensinar a verdade, ou aceitaremos viver sob a ditadura espiritual da mentira. Não é exagero, é realidade: o campo de batalha decisivo não é o parlamento, nem a praça, nem a economia — é a sala de aula. É lá que se decide o futuro de toda civilização.



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