sexta-feira, 18 de março de 2022

mais uma nota.

Orar é dizer, falar, reduzir-se, se colocar no devido lugar perante Deus. O que muitos esquecem é que lugar é esse. Deus é o cheio de tudo aquilo que é continente, e o vazio de todo o conteúdo. Se disserem que o nada é algo, e que por ser algo coloca em dúvida Deus, eu digo o contrario. Por ser nada, o nada já é alguma coisa. E sendo já não é nada, é algo, faz parte de um todo. Logo até o nada tem Deus. Então orar é redurzir-se a esse Ser. Muitos não fazem por um simples motivo; acham que são alguma coisa. Quando se acha que é, acaba por escolher aquilo que aparenta lhe preencher. E como se sabe? A dúvida. A dúvida existe para nos dizer que não estamos nessa ou naquela situação. O sujeito tem dúvida, não há certeza, tudo pode ocorrer. Já que a dúvida não trazendo a certeza traz a incerteza e essa é fundamentada na falta de ciência. Pura falta de ciência. Então orar é se colocar perante tal Ser na medida em que tem as suas dúvidas. Um sujeito vai orar a um público, o que ele faz senão se portar na medida em que suas dúvidas são colocadas, - é claro que tem os mentirosos e fingidos, mas esses não contam para o Hall de pessoas normais. No caso de uma pessoa normal, quando se porta perante uma plateia a sua fala e convicção no manejo do discurso em prol de uma verdade é proporcional à quanto as dúvidas imperam sobre o sujeito  na hora em que esse fala ao povo.
Portanto, orar é dizer para Deus aquilo que tem certeza, do que tem certeza; na certeza de que ele o melhorará. Levando em conta que daquilo que tem Dúvida, não vale a pena dizer.



sábado, 12 de fevereiro de 2022

O que é revolução travestida em movimento.

Um movimento é o deslocamento do corpo num espaço, e revolução é o retorno deste corpo, através do movimento, ao seu ponto de partida. Logo, um "movimento revolucionario" seria o retorno do corpo ao seu estado inicial, senão pelo menos a tentativa de tal. Todavia, como se anula tal ideia? Através da corrupção dos corpos. Imaginar a possibilidade de um MR implica em acreditar que um corpo possa voltar ao seu estado substancial, que uma fruta possa voltar a ser uma semente, ou algo do tipo, o que é impossível. Pela lei que nos foi dada, e imposta, qualquer objeto em movimento já é corrupto por natureza, o que em si já o impossibilita de qualquer retorno ao estado inicial.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Sempre Foi a falta de Deus.

Daí quando se fala que o problema é a falta de Deus, vem logo um retardado bradar, "já vem colocar religião no meio". Pois bem, para os desavisados: a sua psique trabalha num processo que tem na imaginação a sua base, é ela, a imaginação, a responsável pela carga de informação processada que chega ao seu juízo, a sua faculdade de decidir; seja pelo certo, seja pelo errado. Quando ela opta pela sua segunda escolha, ela, a psique, não carece de nada mais do que estímulos do meio para processar, como nada há para processar a não ser lixo, ela simplesmente segue o fluxo que no meio impera. Se um sujeito é objeto de um meio A, na qual as condições são as piores possíveis, impera naturalmente a reação do intelecto à imaginação - se a ação é a necessidade, seja do que for, ela sempre terá uma reação proporcional travestida de realização dessa necessidade. Já se um sujeito opta pelo certo, ele o faz não por estímulos do meio, porque nele há algo para processar, mas antes por uma coisa a qual ele chama de valor. O processo é o mesmo: a imaginação mastiga, o intelecto recebe, e a vontade realiza. Nesse caso, a imaginação está, diferente do primeiro caso, preenchida pelo amor a Deus, pelo respeito, compreensão, pela caridade, etc... dessa forma, o juízo nesse caso segue o fluxo da imaginação passando para a vontade a execução da mesma. Ou seja, sua materialização. Resumindo: se o sofrimento que há no seu coração for algo do qual corre, se afasta, por achar que ele é impossível entenda o seguinte, tudo isso acontece devido ao fato de que sua imaginação não está se munindo de cosias que te fazem bem. Nesse caso, é só fazer o processo contrário e ser feliz. Ou seja, abastecer sua imaginação com coisas que estejam ligadas diretamente à Deus.